Você já parou para pensar por que seu aluno bagunça ou cochila em sala de aula? Ou já parou para refletir nos motivos pelos quais seus alunos não conseguem gostar de ler? Ou mesmo já se questionou sobre a real razão de seu aluno está sempre desmotivado e não consegue avançar?
Como ensinar meu aluno de forma eficiente? Era a resposta que ela buscava.
Há alguns anos Marina começou sua carreira profissional, aliás a profissão que sempre sonhou, fez graduação, passou em um concurso público e enfim deu início a sua nobre missão.
No entanto, o sonho de estar em uma sala de aula não eram suficientes, o amor que tinha pela sua tão almejada carreira, não era tudo para que ela desempenhasse seu papel com eficiência.
O que poderia dar errado?
Ao se deparar com turmas de 20, 30 alunos ela simplesmente não conseguia desenvolver, muitas vezes, nada do que planejou, mas o pior mesmo, é que tudo estava errado desde o começo, seus métodos, tudo que ela fazia era baseado no que ela acreditava ser o certo. Claro!
Foi muito tempo para ela descobri que apesar de se preparar tanto, parece que não valia apena. Começou a se preocupar intensamente com tudo isso, procurou ajuda de professores mais experientes, diretores, coordenadores, enfim, de profissionais que realmente pudesse tirá-la daquele dilema terrível que estava vivendo.
Todos os dias saía da escola com sentimento de impotência e frustração, pois, apesar de grandes esforços não conseguia desempenhar a sua missão como gostaria.
Seus alunos bagunçavam o tempo todo, alguns dormiam durante a aula e os mais aplicados estavam totalmente desmotivados. Marina só ficaria satisfeita ao ver os seus alunos terem resultado.
Chegou à conclusão que o que acreditava está correto, na verdade estava tudo errado. Precisava mais do que nunca identificar esses métodos equivocados.
Depois de estudo e pesquisas sobre o assunto começou a rever seus conceitos e a testar fazer tudo diferente. E depois de inúmeras tentativas conseguiu, enfim, identificar que cada método que usava, contribuía para que seu aluno não progredisse no aprendizado e se comportasse mal.
Definitivamente, o problema estava no seu modo de ensinar e que ela, até então, acreditava ser o certo.
Enfim…
Depois de identificar todos os seus erros e problemas ela encontrou facilmente a solução, que foi justamente mudar toda à sua maneira de ensinar, a sua vida como profissional e principalmente a de seus alunos.
Baseado no dilema de Marília, hoje uma renomada professora no seu município, e também fundamentado em uma série de estudos e pesquisas sobre o referido assunto, aliado com 12 anos de experiência em sala de aula, destacamos 5 SINAIS de que muitos professores estão ensinados seus alunos de forma errada.
Logo, eles e não veem resultado algum no aprendizado dos alunos, apesar de muita dedicação para que isso aconteça.
Está preparado? Então vamos lá…
- Você só passa o que está nos livros e não procura inová-los;
- Você só transmite conhecimentos e não leva o aluno a pensar;
- Você só passa conteúdos, atividades, e seu aluno continua desmotivado;
- Você explica, o aluno não entende e você diz ser “displicente”;
- Você manda o tempo todo seu aluno ler, e não ler para ele;
Continue lendo e veja isso com mais detalhes…
1 – VOCÊ SÓ PASSA O QUE ESTÁ NOS LIVROS E NÃO PROCURA INOVÁ-LOS
Se você usa o livro como único recurso ou como algo insubstituível para dar aula, você está fazendo uma interpretação errada do livro didático. Temos que entender que o livro didático é:
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Um Importante instrumento de APOIO ao trabalho do Professor
O livro é importante sim, porém não deve ser considerado como única e absoluta fonte de conhecimento disponível para o educando, mesmo sendo utilizado didática e corretamente em sala de aula.
O professor deve ter consciência da necessidade de um trabalho diversificado, voltado mais diretamente para o cotidiano do aluno.
Professores excepcionais não se contentam com aulas rotineiras, eles buscam por ferramentas e métodos diferentes para melhorar a aula, aumentar a interação com seus alunos, e a partir daí acontece o ensino-aprendizagem.
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Um valioso recurso para o acesso à cultura e o desenvolvimento da Educação
Sabemos que a construção dos livros, muitas vezes, é feita de acordo com uma realidade totalmente distante da de seu aluno, até pelo fato da grande diversidade brasileira.
Portanto, é preciso buscar em outras fontes, informações ou conteúdo que venham complementar e enriquecer o livro didático de maneira a alcançar a realidade de seu aluno.
O professor precisa usar a criatividade que com certeza tem, e usar o livro como o seu aliado e não como um empecilho para ir em busca de inovações, achando que tem que segui-lo à risca, trabalhar todo o conteúdo até o final. Gente, isso acabou!
Chega de todo dia a mesma conversa! Livro tal, página tal e parágrafo tal! Certeza que seu aluno já está cansado disso! Como você também estaria se estivesse no lugar dele!
Enfim…
Não exclua do seu aluno outras possibilidades de construção do conhecimento social. Mas torne o processo pedagógico sob sua responsabilidade, estabelecendo junto aos alunos a direção certa.
SUGESTÕES:
Uma forma de trabalhar de forma diferenciada o conteúdo do livro didático é levá-lo para fora da sala de aula, programando visitas a feiras, museus, zoológicos, exposição de artes e até um simples passeio na cidade, nos bairros, dependendo assim do conteúdo trabalhado.
“O presente impõe formas. Sair dessa esfera e produzir outras formas constitui a criatividade”. Hugo von Hofmannsthal
2 – VOCÊ SÓ TRANSMITE CONHECIMENTOS E NÃO LEVA O ALUNO A PENSAR
Grande parte dos profissionais da educação infelizmente ainda não despertaram para essa nova realidade em que estamos inseridos, e permanecem fazendo uso do modelo tradicional de ensino onde o professor tomava posse de conhecimentos e depositava nos alunos.
Situação em que eles não tinha oportunidade de expressar opiniões e nem simplesmente refletir sobre todas aquelas informações que recebia. Caso você esteja agindo assim, é um sinal de que você está errando
Hoje fazemos parte de uma nova realidade onde o professor precisa saber que seu papel não se resume a transmitir conhecimento, mas…
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Mediar o conhecimento dos alunos:
Ser um mediador, facilitador e articulador do conhecimento, provocando o aluno a aprender a partir de seus próprios questionamentos.
É na verdade levar o aluno a lidar com a resolução de problemas, ou seja, mediar o problema e encaminhar o aluno a solucioná-lo.
Lidar com o conhecimento de forma positiva para que haja no processo ensino-aprendizagem um aprendizado sólido e definitivo.
Pois afinal, ensinar não é apenas transferir conhecimento, mas levar o aluno a produzir, a construir a reinventar e acima de tudo a pensar.
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Provocar a curiosidade nos alunos
É justamente essa a função do professor despertar no aluno o interesse em descobrir muito mais, ir muito mais além, sem ser forçado a nada.
Conseguir gerar nele próprio a necessidade de pensar, analisar e formar sua própria opinião é realmente algo extraordinário.
Enfim…
“Esse é o papel do professor é ensinar o aluno a pensar, provocando a curiosidade e o espanto” acredita Rubem Alves e ainda completa “para mim esse é o objetivo da educação é criar na criança a alegria de pensar”
SUGESTÕES:
Debates, perguntas pessoais, resolução de questões, interpretação de texto, produção textual, etc.
Para que possa despertar no aluno esse impulso é necessário uma quantidade mínima de informações para que ele tenha uma noção do que se trata, possa formular questionamentos e a partir daí despertar a curiosidade de aprender muito mais.
A base para a curiosidade precisa ser construída. Tudo isso dever ser planejado de forma estratégica. O que mais chamou a atenção nesse assunto? O que é mais interessante? Qual é a grande virada de determinada história?
“A curiosidade é um impulso para aprender”. Maria Montessori
3 – VOCÊ PASSA CONTEÚDOS, ATIVIDADES, MAS SEU ALUNO CONTINUA DESMOTIVADO
É comum o professor preparar sua aula, chegar na escola, passar o conteúdo e os alunos não despertar o mínimo interesse, e o professor fica totalmente desanimado, culpando os alunos, dizendo que “não querem nada da vida”.
Será se é isso mesmo? Será se os métodos utilizados estão ajudando a despertar o interesse nesses alunos?
Hoje, com o uso de aparelhos eletrônicos, ou seja, tantas coisas interessantes que os alunos têm acesso, é muito difícil uma aula com o conteúdo às vezes “chato” chamar a atenção deles, isso é compreensível.
Portanto, é necessário que o professor perceba o seguinte:
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Uma aula criativa é capaz de motivar o aluno
Um aluno motivado vai desejar e buscar aprender. Segundo a professora Maria Luiza Kraemer, “o professor que adota em sua metodologia um instrumento criativo para desenvolver os seus conteúdos estará criando, automaticamente, um agente motivador que fará com que a aprendizagem seja conduzida e encarada como uma meta a ser conquistada na busca de um prêmio, o aprendizado”.
O professor não pode de maneia alguma se deixar levar pelo desânimo e abrir mão do seu ofício, que é estar sempre motivado, procurando metodologias mais eficiente e criativa para desenvolver na sua sala de aula, baseada na realidade de seus alunos e somente assim conseguir incentivá-los.
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Atividades Irrelevantes impedem a motivação
A motivação dos alunos também está relacionada à relevância das atividades propostas. É preciso cuidar, portanto, para que as tarefas sejam desafiadoras e interessantes, de preferência relacionadas à realidade dos estudantes, para promover o aprendizado voluntário e satisfatório do alunado.
Conhecer a fundo a matéria que ensinamos e vibrar com ela é indispensável para comunicar aos alunos a motivação que se costuma considerar mais valiosa do ponto de vista pedagógico: a motivação intrínseca.
Logo, é necessário uma formação permanente, já que é importante que os professores falem dos temas da atualidade, os quais interessam a nossos alunos.
Por outro lado, devem ser imaginadas estratégias que despertem o interesse dos alunos e ser consideradas, em determinados contextos, recompensas para estimular a motivação extrínseca.
Enfim…
A motivação deve começar na realidade por parte do professor, pois se o mesmo não está motivado, se não desempenha de forma satisfatória seu papel, é muito difícil que seja capaz de comunicar a seus alunos entusiasmo, empenho pelas atividades escolares.
O professor desmotivado, passará para seu aluno toda a sua indisposição. Como acredita Simão de Miranda, educador e psicólogo, que “um dos principais geradores de desestímulo nos alunos é a falta de motivação no próprio professor”.
SUGESTÕES:
É importante que o professor crie situações que incentive seu aluno a ser mais participativo levando em consideração a motivação extrínseca: oferecer múltiplas experiências, estipular metas alcançáveis, oferecer recompensas, criar mecanismos para que os alunos se sintam responsáveis, permitir e estimular o trabalho em equipe, reconhecer os méritos e, também, encorajar a reflexão e a análise de suas ações e decisões.
“Não há dúvida de que a criatividade é o recurso humano mais importante de todos. Sem criatividade, não haveria progresso e estaríamos para sempre repetindo os mesmos padrões.” – Edward de Bono
4 – VOCÊ EXPLICA, O ALUNO NÃO ENTENDE, E VOCÊ DIZ SER “DISPLICENTE”
É natural que muitos professores muitas vezes conheçam e até são especialista em determinado assunto, mas infelizmente na hora de repassar para o aluno aquele conhecimento, não conseguem transmitir de maneira clara e compreensível.
Apesar de que se espera mais do papel do professor, que deixa de ser apenas um transmissor de conhecimentos, para se posicionar como um mediador de diversas linguagens e oportunidades educativas.
No entanto conforme a nossa experiência podemos identificar onde pode estar o problema da falta de compreensão do aluno com relação ao conteúdo explicado.
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No próprio conteúdo
Cuidado com os conteúdos que você vai trabalhar em sala de aula! Pois você quer que seu aluno aprenda não é mesmo? Mas para isso você precisa selecionar os conteúdos pensando não em você, mas no seu aluno.
Sempre na escolha do conteúdo faça algumas perguntas para você mesmo: por que passar este conteúdo? Para quê? Qual a importância para o aluno? Qual o valor que este conteúdo tem para a vida dos alunos?
Se consegui responder as perguntas e forem positivas, ótimo! Lembra disso quando tiver em sala. Caso não consiga responder as perguntas ou forem negativas, tentem dar valor a esse conteúdo. Se não for possível, jogue-o no lixo, pois vai ser inútil e uma perda de tempo.
É fundamental elaborar seu planejamento de maneira cuidadosa, usando estratégias para que mesmo que seja um conteúdo considerado “chato” para a maioria, você torne-o interessante e significativo.
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Na forma de explicar o conteúdo
Independente de qual seja o conteúdo trabalhado ou a faixa etária do alunado: é fundamental que um professor seja didático. É necessário utilizar estratégias para fazer com que as aulas sejam compreensíveis.
Lembrando que você é o mediador do conhecimento, e talvez você pode estar querendo fazer aquilo que o aluno pode fazer. Não se preocupe tanto em explicar a teoria, seja estratégico e pratico, criando meios para que ele entenda de forma autônoma.
As suas táticas sempre têm que está inserida no processo para que o aprendizado aconteça. Não adianta escolher bem o conteúdo se não desenvolvê-lo em sala de aula de maneira agradável e compreensível.
Você pode ser um professor brilhante em todos os outros sentidos, ter muitos conhecimentos enfim, nada vai adiantar, se você não usar a sua inteligência para mediar o conhecimento dos alunos de forma eficiente, para que eles tenham resultados amplamente satisfatórios.
SUGESTÕES:
Introduza o conteúdo fazendo perguntas, trazendo aquele assunto para o cotidiano do aluno;
Relacionar o conteúdo com um noticiário, um acontecimento, uma história, a novela, o filme, enfim, com algo que chame a atenção do aluno, sempre criando condições para que o aluno participe;
Mostre o valor daquele conteúdo, o quanto é significativo para o aluno ou no presente ou no futuro;
Utilize filmes, games, recursos concretos, etc.;
Programe teatro em sala, debates, visitas a feiras, museus, zoológicos, exposição de artes e até um simples passeio na cidade, nos bairros, dependendo assim do conteúdo trabalhado.
“O professor só pode ensinar quando está disposto a aprender” Janoí Mamedes
5 – VOCÊ MANDA O TEMPO TODO SEU ALUNO LER, E NÃO LER PARA ELE
Quantas vezes você não já obrigou seu aluno a ler quando ele disse que não queria ler aquele livro ou texto que você escolheu, não é mesmo? isso pode ser um sinal de que você está ensinando errado.
Se você acredita que seu aluno não quer nada da vida por ler aquele texto só quando é obrigado! Tenho uma boa notícia para você!
Seu aluno pode mudar! Gostou? Mas isso só vai acontecer se você mudar suas atitudes, ou seja, não adianta só pedi para o seu aluno ler, ou até mesmo obrigá-lo. Isso não vai fazer ele adquirir o gosto pela leitura.
Conforme acredita Rubem Alves “o professor incentiva a leitura não mandando ninguém ler, pois a relação com a leitura é uma relação amorosa”.
Você precisa na verdade:
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Ler para o seu aluno
Uma das maneiras de você despertar no seu aluno o prazer pela leitura, é você lendo para ele e mostrando que é nos escritos que descobrimos outras culturas, que partilhamos a diversidade de ideias, vivências, sonhos e experiências.
Mostrando que a leitura amplia o entendimento do mundo, propicia o acesso à informação com autonomia, permite o exercício da fantasia e da imaginação e estimula a reflexão crítica, o debate e a troca de ideias. Traga isso para a prática.
Leia textos interessantes, emocionantes e até mesmo textos que tenha haver com a realidade deles, em vez de textos longos e chatos que não chama a atenção do seu aluno em nenhum sentido.
Portanto, tenha cuidado de fazer dessas experiências de leitura algo que realmente seja prazeroso e gratificante, assim ele vai passar a visualizar de forma agradável e especial o momento da leitura.
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Deixar ele escolher o que ele quer ler
Enquanto o aluno não adquiriu o prazer pela leitura, é importante você deixar a seu critério o que ele quer ler, que tipo de texto ele tem interesse, e assim ele terá mais prazer em ler o que ele mesmo escolheu.
Quando você conseguir mudar sua antiga estratégia e fazer exatamente assim, você perceberá grandes mudanças, e seu aluno ao longo do tempo começará a ter gosto pela leitura.
Enfim…
Perceba que o gosto pela leitura e o despertar pelo prazer de ler, podem nascer através de momentos de interação entre professor e alunos e entre alunos, através do diálogo sobre textos lidos e da valorização à leitura do outro.
Para que o trabalho com a leitura seja relevante, o professor também tem que ser um bom leitor, compartilhando apaixonadamente a leitura dos mais variados tipos junto com os alunos.
SUGESTÕES:
Coloque a disposição do aluno variedade de textos: notícias, crônicas, piadas, poemas, reportagens, propagandas, informações, charges, romances, contos, etc. para que ele escolha o texto que ele se identifique, assim ele terá mais prazer em ler o que ele mesmo escolheu;
Promover visitas a bibliotecas, trabalhar projeto (ou projetos) de leitura tendo como objetivo principal o despertar no aluno, o gosto pela leitura e a formação de verdadeiros leitores.
“A leitura é uma fonte inesgotável de prazer mas por incrível que pareça, a quase totalidade, não sente esta sede”. Carlos Drummond de Andrade
“A leitura engrandece a alma”. Voltaire
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