Cansado de conflitos em sala? Sofrendo com as brigas entre alunos? Esgotado com o desrespeito das turmas? FIQUE TRANQUILO ISSO TEM SOLUÇÃO! Abra um espaço dialógico e de debate em que alunos e professores vão chegar a um acordo para a boa convivência e com certeza você terá um ótimo resultado!

Todo professor é consciente que uma das suas tarefas mais complexas é manter a disciplina em sala de aula. Cada aluno tem comportamentos e interesses diferente e poucos têm como objetivo estudar de verdade e ter contato com o conteúdo, e pior ainda, atrapalham os que querem aprender. Porém, nem tudo está perdido.

Existem formas de manter a disciplina, desde que isso seja feito com cuidado e atenção por parte do docente.

Nossa vida é delimitada pela vida em grupo, nos relacionamos com outras pessoas o tempo todo, neste contexto regras para uma boa convivência apresentam-se como indispensáveis.

Veja como funciona e como construir com a sua turma o acordo da sala de aula:

1. ANTES DE TUDO VOCÊ PRECISA SABER 

Não necessariamente no primeiro dia de aula, mas, após a semana diagnóstica é imprescindível que você construa juntamente com seus alunos um acordo para a boa convivência em sala de aula, que será útil o ano inteiro.

Esse acordo nada mais é do que todas as regras de convivência, ou seja, o que os alunos devem e o que eles não devem fazer.

É importante que seja construído nos primeiros dias de aula, para que o aluno já perceba, desde o início, como funciona o trabalho daquele professor e já comece a se adaptar aos métodos de trabalho e às regras estabelecidas, tornando seu trabalho muito mais fácil.

Lembre-se do ditado: “Tudo que começa errado termina pior”, então para evitar problemas maiores, estabeleça desde o início como você vai querer que funcione o processo do ensino em sala de aula.

É fundamental que seja estabelecido regras claras e compreensíveis para evitar confusão no entendimento dos alunos.

O acordo funciona da seguinte maneira:

É importante que as regras sejam elaboradas em sala de aula, onde os alunos junto ao professor participarão de toda a sua construção.

Normalmente o que acontece é que o professor elabora as suas regras, expõe para os alunos em sala de aula e eles terão obrigatoriamente que obedecê-las. O problema é que aqueles alunos não tiveram voz e nem vez de expressar sua opinião e, portanto, poderá se revoltar contra essas regras, assim como também poderá não obedecê-las voluntariamente.

Nesses casos, quando o aluno obedece, geralmente é por medo da punição, o que não é bom, pois sabemos que o objetivo também das regras é que seja construído nos alunos a consciência da moral e da ética. Quando eles entendem e adquirem essa consciência eles terão facilidade em cumprir todas as regras estabelecidas, ou seja, obedecerão não por medo do castigo e sim por consciência.

2. PARA QUE O ACORDO FUNCIONE DE VERDADE VOCÊ PRECISA

Você não pode elaborar as regras e esquecê-las, pelo contrário você precisa relembrar sempre junto a sua turma, aliás, os alunos deverão escrever todas elas no seu caderno e estar sempre em contato, lendo pelo menos uma vez na semana para que relembrem sempre de cada regra que eles mesmos ajudaram elaborar.

Caso prefira, você poderá expor esse acordo no mural, para que todos tenham contanto diário e possam de alguma forma absorver com mais rapidez.

Uma das razões pelas quais os alunos geralmente não obedecem e não valorizam as regras estabelecidas é o fato de tais regras após serem criadas, não serem mantidas (através da motivação e da punição), ou seja, caem em esquecimento e nem mesmo o professor se importa mais.

Os alunos testam os limites para saber como se portar, e usam o que acontece como referência para o que vão fazer. Se alguém falar um palavrão e você não fizer nada, abre caminho para que aconteça de novo.

Toda regra precisa ser cumprida, e quando isso não acontecer é necessário que haja uma punição para o indivíduo que a transgrediu. Caso contrário, isto é, se o transgressor não for punido, os demais também não aceitarão serem punidos quando transgredirem. Surge então um grande problema: Porque uns são punidos e outros não?

Para evitar ainda mais conflitos, é necessário que esteja bem claro para todos o objetivo de cada regra, e que você, como professor, é o responsável por fazer isso acontecer.

Enfim, não deixe de criar as punições junto com o acordo para que todos fiquem cientes, de que caso não cumpram, indispensavelmente serão punidos.

3. O ALUNO TEM QUE PERCEBER QUE ESSE ACORDO

É ideal que os alunos entendam, que antes de qualquer coisa, esse acordo precisa ser valorizado, não simplesmente por ser regra, mas principalmente porque ele é feito pensando no bem de cada aluno, aliás, cumprindo essas regras ele está fazendo um bem para si mesmo, antes de tudo, e além disso, um bem para todos que estão a sua volta.

Um dos principais objetivos desse acordo é para que haja um clima escolar de qualidade, e que os estudantes sejam respeitados e aprendam a respeitar, e assim todos serão beneficiados.

O aluno por mais que não admita, mas ele sabe a importância que tem os estudos e que a sua aprendizagem é fundamental para que ele tenha um futuro melhor. No entanto, ele se distrai o tempo todo com outras coisas insignificantes e que acabam atrapalhando a sua aprendizagem.

Pensando nisso, também são criadas regras para que o aluno possa despertar para as aulas e conseguir participar com mais interesse e dedicação e enfim, aprender. Quando isso acontece o professor e a escola alcança seus objetivos, que é exatamente o aprendizado, a formação dos alunos.

 4. O PROFESSOR PRECISA ACIMA DE TUDO

É indispensável que o professor tenha total responsabilidade pelo acordo criado, pois qualquer desvio o aluno percebe, e na mesma hora o professor pode ser chamado a atenção na frente de todos, pelos próprios alunos.

Ter respeito e cuidado é justamente não esquecer das regras em nenhum momento, para que não passe desapercebido quando precisar.

Faça desse acordo algo indispensável durante as aulas, mostrando a sua importância não somente para as aulas, mas para a escola e também para a vida.

Segundo Araújo, Puig (2007), valor é aquilo de que gostamos que valorizamos. Esses dois aspectos são sentimentos que pertencem a subjetividade humana e que representam amizades duradouras.

Os valores são construídos nas interações do dia a dia e a escola tem a oportunidade de interferir na relação do aluno com a sociedade e com a família, de maneira que ao transmitir os valores estará contribuindo para que os alunos adquiram a consciência da moral e da ética.

A construção de valores é feita através do diálogo que deve ser sempre presente na relação professor/aluno. O diálogo na realidade deve ser uma prática indispensável para que a compreensão, o respeito e os valores estejam sempre presente.

Dialogar sempre com os alunos sobre a prática da moral e da ética é imprescindível para que eles adquiram essa consciência que possibilitará eles agirem com educação, com respeito, com responsabilidade e assim conquistar seus objetivos.

SUGESTÕES DE REGRAS A SEREM CRIADAS: 
  1. Levantar-se apenas se necessário.
  2. Não comer (chicletes, balas, pirulitos, salgados), nem beber na classe.
  3. Esperar sentado (a) o (a) professor (a) da aula seguinte, ou seja, não ficar na porta.
  4. Não trazer, nem usar celular ou aparelhos eletrônicos na sala de aula.
  5. Chegar sempre no horário (entrada e após o intervalo).
  6. Levantar a mão na hora que precisar falar durante a explicação do professor ou colega.
  7. Fazer silêncio durante as aulas, não conversar, principalmente durante as explicações do (a) professor (a).
  8. Respeitar os colegas, professores e demais funcionários da escola.
  9. Não brigar, ofender, fazer fofocas, intrigas, nem colocar apelidos pejorativos ou fazer “bulling” com os colegas.
  10. Ter sempre palavras amigáveis com os outro, nunca falar palavrão.
  11. Não ter preconceito com ninguém, todos somos iguais, importantes e úteis.
  12. Não perturbar, incomodar, os colegas durante as aulas.
  13. Quando o professor ou um colega estiver falando, lendo, explicando, ficar em silêncio em sinal de respeito.
  14. Cada um deve usar o seu próprio material, mas caso peça emprestado de um colega, devolve-lo rápido e em bom estado.
  15. Respeitar os cartazes e trabalhos afixados nas salas.
  16. Fazer com empenho e capricho as tarefas propostas, bem como entregá-las no prazo combinado.
  17. Não usar maquiagem na sala de aula.
  18. Colaborar na limpeza e manutenção da sala.
  19. Jogar o lixo (papéis de caderno, balas, “cascas” de lápis) na lixeira.
  20. Jamais promover ou participar de “guerrinhas” de giz, papel, borracha.

 

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